Fui mandado embora e agora?
Julho 30, 2024 0 Por fiscalnapraticaTodos estamos sujeitos a qualquer momento sermos mandado embora, seja de um emprego CLT, seja um cliente que não quer mais nossos serviços e por aí vai… Cientes dessa possibilidade, temos que nos respaldar e claro, o mais importante, aprender com nossos erros ou caso não seja o caso, tirar as lições necessárias da situação, por exemplo, fui mandada embora por um corte financeiro na empresa, ok, e agora? Como reagir, o que fazer?
Sendo CLT, é importante que tenha clareza dos seus direitos como trabalhador e que faça cumprir como por exemplo, a rescisão com os devidos cálculos trabalhistas, como férias vencida, caso tenha, 13° e por aí vai… Há sites confiáveis que mesmo uma pessoa leiga consegue informar os dados necessários como data de admissão, de demissão e último salário e ter os valores da rescisão estimado. Além disso, quem é mandado embora tem direito também a multa de 40% sobre o saldo do seu FGTS, basicamente esse é o unico valor que difere uma demissão por parte do empregador de uma demissão por parte do trabalhador, digo isso, pois vejo muito gente com medo de pedir as contas “para não perder seus direitos” calma, que você não perde direito algum, somente a multa, uma vez que é você que não quer mais permanecer no trabalho.
Na demissão de um CLT o empregado terá direito também a receber um seguro desemprego, a depender de alguns critérios, inclusive dele não ter uma segunda fonte de renda, por isso, cuidado se você tiver algum CNPJ ativo.
Já se um cliente seu lhe deu um “pé na bunda” caso não tenha um contrato de fidelidade ou algo do tipo, ficará totalmente desamparado, daí a importância de se blindar em contrato, tendo uma fidelidade ou um prazo mínimo para que seja rompido, ou até mesmo um tempo necessário de aviso do rompimento, ser Pessoa jurídica, não é tão fácil como muita gente acha que é não, muitas vezes você sentirá falta de todo o respaldo que tinha quando era só mais um trabalhador fazendo o seu e ganhando seu salário no final do mês, sem tanta imprevisibilidade que traz o empreendedorismo, daí a importância de se respaldar em contrato, fora claro, entender porque o cliente quis romper, não tenha medo de pedir feedbacks e ao invés de girar chatiadinho ou chatiadinha, tira de lição e evolua, mas cuidado em não sair ouvindo e mudando tudo, quando na verdade foi apenas uma percepção de uma pessoa isolada, então filtra antes, veja se faz sentido ou não, mude o que achar que deve mudar e segue.
Seguir em frente… Nesse momento de transição, é importante se dar um tempo para assimilar o que aconteceu, pensar principalmente no que você quer, alinhado com o que você pode, então veja suas finanças, se programe, tenha uma reserva de emergência e vá em frente de tirar aquele seu projeto da gaveta e dar uma chance para fazer com que dê certo, corra atrás de seus sonhos e objetivos, foque em sua felicidade, faça o que lhe faz brilhar os olhos que por consequência você conseguirá dar a volts por cima e não é balela que se fecha uma porta mas se abrem outras, basta que enxergue com olhos de oportunidades e não com tristeza e desmotivação ou até nostalgia pelo o que já passou e já foi, a vida é agora!
Boa sorte!
Por Jéssica Cabral